Há uma certa confusão quando se trata dos assim-chamados "dons de Deus" e da "evidência de novas linguas".
Primariamente, teremos de concordar que todo dom voltado para a prática do bem, da união e da justiça provém certamente de Deus: Um de nós tem o dom de cantar, de tocar um instrumento, outro de ministrar, de ensinar, de apaziguar, de unir, de acalmar, de orientar, de fazer entender, de curar, e assim por diante.
Cada um de nós tem certamente um ou mais dons que a nós foram dados por Deus.
E cada um individualmente tem de granjear os talentos que lhe foram confiados, de forma a que dêem bom rendimento, bom fruto.
Quanto às "novas" linguas, temos de considerar que tais linguas deverão ser novas para nós, e não para nossos ouvintes.
Durante a assembléia de Jerusalém os discípulos falavam em suas próprias linguas de origem, e eram ouvidos pelos diversos estrangeiros como se fosse na linguagem própria de suas nações.
Diferentemente de balbuciarmos palavras ininteligíveis, é daquela forma que se manifesta o verdadeiro dom de falar em "novas" linguas.
O apóstolo Paulo esclarece tal situação, ao explicar que quando houver alguém falando em lingua estranha, que haja intérprete.
Sem um intérprete, não há edificação para a Igreja, pois ninguém entenderá nada, e aquele que pela palavra edifica, estará edificando unicamente a si mesmo.
Ninguém deve ter dúvidas quanto a isso: TODOS NÓS temos dons provenientes de Deus.
Entretanto, alguns desses dons estão propositadamente ocultos, para que não recaia sobre nós nenhuma jactância, para que não pensemos que somos superiores aos demais participantes desta ou daquela igrejas.
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